Com objetivo de reivindicar o que é de direito de cerca de 600 funcionários da Prefeitura de Fartura, na manhã de quinta-feira (21) os vereadores João Massaruti, Flávio Cateto, Fernando Pitukinha, Daniela Viana, Carlos Rizzo e Humberto Dognani e a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Fartura, Néia Fabro, participaram de uma reunião com o prefeito Tinho Bortotti. O principal tema do encontro foi a reivindicação do reajuste inflacionário de 10,48% nos salários dos funcionários. Havia especulação que o prefeito Tinho Bortotti não concederia a reposição inflacionária e essas informações geraram descontentamento nos servidores, o que motivou a presidente do Sindicato a procurar os vereadores para auxiliá-la. Para saber a veracidade dos fatos é que foi agendada a reunião entre Executivo, Legislativo e Sindicato dos Servidores. No início do encontro, Tinho Bortotti mencionou as deficiências de administrar devido à redução na arrecadação. Segundo ele, no ano de 2014 neste mesmo período do ano, foi arrecadado o valor acima de R$ 2 mi, e em 2015 pouco mais de R$ 1,8 mi, já neste ano o valor foi de R$ 1,7 mi. Ou seja, de 2014 a 2016 houve um déficit de R$ 300 mil. Descontente com a situação, no decorrer da reunião o prefeito chegou a afirmar que se pudesse até deixava o cargo, por causa da dificuldade de administrar com pouco recurso. “Este ano será um ano muito difícil, porque o município não tem condições. Para se ter uma ideia da complexidade, nós não estamos nem conseguindo honrar com os pagamentos em dia na folha de pagamento. Em dois anos conseguimos realizar grandes feitos na cidade e atualmente houve aumento no combustível na energia elétrica e não nos foi repassado a diferença, o pior é que a cada ano os repasses estão diminuindo”, disse o prefeito. A vereadora Daniela Viana foi enfática e afirmou que a administração deve valorizar os servidores, porque há anos eles vêm sofrendo com a falta de um aumento real nos salários. “Se a Prefeitura não tem condições de conceder a reposição inflacionária aos funcionários, que diminua os gastos com cargos comissionados e não faça mais despesas, como por exemplo, da realização da Expofar, cancele o evento e dê mais prioridade aos setores importantes do município como os funcionários”, explicou. Já Fernando Pitukinha defendeu uma reavaliação nos valores de alguns contratos da Prefeitura, pois mesmo com este cenário de crise, há vários contratos que foram reajustados e esta medida traz impacto financeiro à municipalidade. Para Flávio Cateto, caso o prefeito não conceda a reposição inflacionária acima dos 10%, os funcionários terão uma perda salarial muito grande. “Se no próximo ano a inflação atingir o mesmo patamar, os servidores teriam uma perda de 20 % nas remunerações, ou seja, acataria um achatamento considerável nos salários”, argumenta Cateto. A presidente do Sindicato, Néia Fabro, salientou que o salário base da Prefeitura de Fartura está defasado comparado com outros municípios. “Nós estamos convivendo há anos com essa desvalorização real dos vencimentos, se esse pedido não for acatado será difícil para nós conseguirmos no ano vindouro a reposição inflacionária dos dois anos e o aumento real. Esperamos que o prefeito Tinho Bortotti possa rever toda esta situação e destinar ao menos a reposição inflacionária para nós neste ano, por causa das dificuldades com a redução dos repasses. Como já foi dito várias vezes por nós e outros populares, que o prefeito possa enxugar os gastos com os vários cargos em comissão e contratos para equacionar estes problemas”, disse. Hoje a Prefeitura de Fartura está com o limite prudencial no funcionalismo de 54,93 %, acima do permitido por lei. Segundo o contador Sandro Savella, por ano o valor da folha de pagamento chega a R$ 20 milhões. Depois de muita conversa, o prefeito de Fartura afirmou que irá fazer um estudo com sua equipe para definir a melhor alternativa e ver a viabilidade de conceder o reajuste inflacionário de 10,48%, reivindicado pela presidente do Sindicato e vereadores. O presidente da Câmara, João Massaruti, ressaltou que o papel do Legislativo é auxiliar os funcionários. “Quando tivemos o conhecimento deste problema prontamente nos reunimos e decidimos conversar com o Tinho, para saber o posicionamento da administração. Acredito que foi uma reunião profícua e que o prefeito após este encontro vai acatar os nossos apontamentos, até porque entendemos que as condições econômicas estão difíceis, mas algumas atitudes podem ser tomadas para resolver este impasse e garantir o que é de direito aos funcionários da Prefeitura”, finalizou. COMUNIC
Fartura