Vereadores lamentam a atitude do Prefeito Tinho Bortotti em não conceder a reposição de acordo com o índice do IPC-A de 10,67 por cento Um dos temas mais repercutido no início das sessões ordinárias de Fartura foi sobre a reposição inflacionária aos servidores municipais. Por diversas vezes vereadores, representantes do Sindicato e funcionários tentaram convencer o Executivo para conceder o reajuste de acordo com IBGE e o IPC-A registrado no ano de 2.015 de 10,67%. Apesar de todas as manifestações, reuniões e assembleias, o Prefeito Tinho Bortotti justificou que as finanças da Administração Pública não permitia tal percentual, por causa do limite prudencial na folha de pagamento. Na quinta Sessão Ordinária ocorrida na última quarta-feira (06) os vereadores apreciaram o Projeto de Lei, nº 12/2016 do Executivo, que dispõe à reposição inflacionária de apenas três por cento nos salários dos funcionários municipais. Depois de muitas argumentações, os vereadores aprovaram o projeto por cinco votos favoráveis e três contras. Maryel Garbelotti votou contra a reposição proposta por Tinho Bortotti. Ele lembrou que o Prefeito havia sinalizado que iria realizar estudos para conceder mesmo que de forma parcelada a reposição na casa dos 10 por cento. “Por diversas vezes o Prefeito se manifestou que iria conceder um percentual próximo do índice inflacionário segundo o IPC-A, mas infelizmente nas vezes que se reuniu com os vereadores, ele não quis comprovar este argumento através de um termo assinado no papel, ficou apenas nas promessas. Agora por orientação do Sindicato deveríamos aprovar com um número significante de rejeição. Quero deixar bem claro que não sou contra o aumento dos servidores, é melhor os três por cento do que nada. Mas, esta política adotada pelo Prefeito Tinho em minha opinião, desvaloriza a classe dos servidores devido às perdas salariais”, explicou. Flávio Cateto afirmou que esperava mais empenho de Bortotti. “Desde 2015 o Prefeito já deveria se planejar para conceder um índice real nos vencimentos, pois já havia previsão de recessão devido à economia. Ele poderia realizar os devidos ajustes, porque em novembro a Prefeitura estava ultrapassando o limite prudencial de 54% com folha de pagamentos. As medidas que tomou neste ano para enxugar a folha já deveriam ser feitas no ano passado, para garantir ao funcionalismo a reposição salarial”, salienta. Daniela Viana enfatiza que os parlamentares que votaram pela rejeição do Projeto não são contra a reposição. “Com esta atitude os servidores terão o pequeno aumento, mas esperamos que os funcionários públicos possam ter o seu direito adquirido por lei de 10,67 por cento, como era nossa briga aqui na Câmara junto ao Prefeito Municipal. De acordo com as orientações do Sindicato era necessário aprovar o Projeto do Executivo, porém com rejeição para que ele (Sindicato) pudesse pleitear na Justiça o valor almejado. Eu participei de todas as reuniões do Sindicato com o Prefeito Tinho e sei da luta de todos os servidores e o papel relevante que eles têm no município de Fartura. O meu voto foi de indignação, pois há anos os funcionários enfrentam um achatamento em seus salários e por este motivo esperamos que o Sindicato possa buscar na Justiça esta garantia do aumento real”, justifica. Luciano Filé em suas palavras mencionou que por orientação do Sindicato os vereadores tomaram a decisão da aprovação, todavia com um número considerado de rejeição. “Pertencemos à base do Prefeito, mas não admitimos desvalorização aos servidores e por este motivo espero bom senso por parte do senhor Prefeito, para que possa reavaliar sua posição e oferecer um percentual maior na reposição, sem a necessidade do Sindicato pleitear na Justiça este direito”, diz. Fernando Pitukinha se manifestou contrário à atitude do Executivo. “Os servidores tem todo o meu apoio e podem me procurar para auxiliá-los, porque no meu entender e dos demais colegas de Casa, todos eles mereciam além da reposição inflacionária, o aumento real nos seus vencimentos. Eu defendo o índice aos funcionários e espero que o Sindicato possa tomar todas as providências legais para que ganhe na Justiça este direito. No meu entender esta postura do Prefeito é uma humilhação aos funcionários públicos, que por diversas vezes tentaram um acordo com ele e nada de concreto foi feito para auxiliá-los. Voto favorável ao Projeto, mas deixo registrada a minha indignação contra o Prefeito que não esta agindo com seu o papel de administrador, porque a Lei é bem clara e determina este percentual nos vencimentos de todas as categorias da municipalidade”, comentou. COMUNIC
Fartura